Alecrim cheira jasmim
Sábado é dia de ferira, Alecrim cheira jasmim
Multidão em sintonia quase uma arritmia cardíaca
Carros atônitos entopem as ruas/avenidas
Pedestres perdidos ouvem sons de buzinas.
Sinal fechado, cuidado há vozes na esquina
Camelôs aflitos buscam o pão nosso de cada dia
Entrechoque de interesses validos/inválidos
Comerciantes gritam: espaços livres de ambulantes,
Intrusos sobreviventes da economia globalizada.
Corre, corre, gente de todos os lados,
Pois é sábado dia de feira, Alecrim fervilha
É goma peneirada, rolo de fumo, cabeça de porco,
Na feira do Alecrim tem de tudo.
Suor escorre no rosto, corpo cansado, angustiado
Geme sobrevivente do sistema hostil.
Entre as bancas escorre vida,
Simples humanidade pulsando utopias,
Contínuo tempo sem fim, pois ...
Sábado é dia de feira, Alecrim cheira jasmim!!
(Luciano Capistrano)
Foto: Luciano Capistrano - Um olhar, um celular, uma feira a descortinar-se - Feira do Alecrim |
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