Cidade,
Zona de Proteção Ambiental e Sustentabilidade:
Uma
reflexão.
Luciano
Capistrano
Professor:
Escola Estadual Myriam Coeli
Historiador:
Parque da Cidade
Sustentabilidade
Margem do rio, fluir de águas
Claras, límpidas, gamboas, manguezais
Florescer de vidas
Plantas, caranguejos, seres do manguezal
Pulmões da urbe
Ilhas em perigo constante
Abutres sobrevoavam faunas e floras
Sacolas plásticas testemunhos humanos
Vestígios desumanos
Mercados, outdoors, shopping centers
Vidas consumidas
Especulações imobiliárias
A cidade cresce
O progresso não pode parar
Diz da problemática questão ambiental
Desenvolvimento sustentável
Uma possibilidade
Única saída para sobrevida
Sustentabilidade, preservação de vidas!
(Luciano Capistrano)
A cidade de Natal
possui dez zonas de proteção ambiental, cinco já regulamentadas, e, as outras
cinco em fase de regulamentação, dentre essas a ZPA – 8 e a ZPA – 9, estão
passando por este processo legal. Faz necessário a participação de todas e
todos, uma ZPA, não surge do nada, existem toda uma rigorosidade cientifica
para determinar a importância de determinadas áreas para a cidade.
Estudos
foram realizados na formulação de uma política de preservação ambiental e
cultural, apontaram o valor ambiental e histórico para a cidade. O importante é
ouvir as demandas sociais, econômicas e culturais, no que diz respeito aos
elementos da paisagem onde estar inserida as ZPA’s.
A
cidade, como preconiza a Carta das cidades europeia para a sustentabilidade,
tem de ter uma ocupação urbana planejada, que considere as questões de
equilíbrio entre o crescimento dessa ocupação com o meio ambiente. Decorre da
implicação de construir um lugar sustentável, a importância da pesquisa sobre
os diversos aspectos do espaço urbano, como nos diz Gilka da Mata Dias:
[...] O comportamento dos recursos naturais existentes em cada região precisa ser diagnosticado para que o ordenamento urbano possa ser ajustado às potencialidades e às fragilidades existentes no local. [...] Os processos naturais peculiares a cada local precisam ser conhecidos e incorporados no planejamento urbano, social, econômico, político e administrativo de uma cidade. [...] O ambiente construído pelo homem, portanto, deve estar em harmonia com o ambiente natural. (DIAS, Gilka da Mata. Cidade Sustentável. Edição do autor, 2009, p.46).
A
questão ambiental a muito deixou de ser apenas um “canto” romântico de
ecologistas, hoje, é uma questão de sobrevivência do ser humano, assim, ao
trazer nesta escrita a Cidade, Zona de Proteção Ambiental e Sustentabilidade,
longe de ser um texto conclusivo, cientifico sobre a temática, me “atrevo”,
apenas, em ser um provocador, faz necessário que o cidadão natalense conheça
essas áreas de proteção ambiental, pois, meu amigo velho, isso tem uma relação
direta com a qualidade de vida da cidade e de seus habitantes.
Não
basta ter uma legislação protetiva, claro que a Lei é fundamental, mas, temos
de ir além do legal, é fundamental o fortalecimento dos órgãos técnicos,
responsáveis por estudar os impactos causados no meio ambiente e, também, por
fiscalizar a ocupação e expansão do solo urbano.
Deste
modo, penso, ser a educação ambiental um instrumento importante na execução de
uma política de preservação ambiental, as comunidades têm de serem revestidas
de saberes sobre as questões ambientais, sob pena, do desconhecido, levar a
ocupação desordenada e a degradação das áreas, ainda preservadas do ponto de
vista ambiental. A comunidade e o poder público, em um diálogo permanente sobre
ações efetivas no combate aos crimes ambientais, mortandade de peixes como a
ocorrida no rio Jundiaí/Potengi, o assoreamento do rio Pitimbu, a poluição do
riacho do Baldo e do rio das Quintas, a fragilidade do rio Doce, são sinais
preocupantes de uma cidade que cresceu virando as costas para seus recursos
hídricos. Não podemos mais esperar o futuro, temo de fazer algo agora.
A
cidade de Natal, possui belos cartões postais, o Morro do Careca, se destaca,
reconhecido como Patrimônio Natural do município, os parques da cidade, o
Parque das Dunas e Parque da Cidade, são exemplos claros, nítidos, de que a indústria
do turismo pode se desenvolver com o respeito aos recursos naturais, o que é um
alento, também é um motivo para aprofundarmos o diálogo sobre a cidade que
queremos, assim, finalizo reafirmando a provocação, objeto deste artigo,
olhemos para as Zonas de Proteção Ambiental: ZPA 01 – Campo Dunares Pitimbu,
Candelária e Cidade Nova; ZPA 02 -
Parque Estadual Dunas de Natal e área de Tabuleiro Litorâneo; ZPA 03 –
Área entre o Rio Pitimbu e avenida dos Caiapós; ZPA 04 – Campo Dunar dos
Guarapes; ZPA 05 – Associação de Dunas e Lagoas do bairro de Ponta Negra; ZPA
06 – Morro do Careca e Dunas Associadas; ZPA 07 – Forte dos Reis Magos e seu
entorno; ZPA 08 – Estuário do rio Potengi; ZPA 09 – Complexo de Lagoa se Dunas
ao longo do rio Doce e ZPA 10 – Encostas duanres adjacentes ao Farol de Mãe
Luiza. Cidade, Zona de Proteção Ambiental e Sustentabilidade: Uma reflexão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário