Travessa Pax
Ao descer a avenida Câmara Cascudo, antiga
avenida Junqueira Aires, uma travessa chama atenção por seu calçamento. É a
Travessa Pax, o nome uma homenagem ao dirigível do macaibense Augusto Severo. A Travessa guarda a memória urbana, em sua
pavimentação “As Rochas Contam a História”. Os blocos de pé de moleque -
pavimenta o antes areal -, retirado dos corpos de arenitos ferruginosos encontrados
nas praias urbanas. A pavimentação da cidade de Natal teve início no século XX,
com os “pé de moleque”, e, na década de 1920 começa a ser substituído por paralelepípedos.
Era o tempo dos automóveis a circularem nas ruas, necessitando de uma pavimentação
mais adequada. O tempo passou, ficou a Travessa Pax e suas rochas cravadas no
chão entre o Solar Bela Vista e a Casa de Câmara Cascudo. Pax se quis poesia: “Travessa
de arenito, ferro, ferruginoso, formação barreira, litoral, falésias, som das
ondas, ecoam gerações inteiras. / Travessa
Tombada, corredor cultural, Cascudo, Solar Bela Vista, Augusto Severo e Sachet,
o dirigível nos ares de Paris, do sonho de Ícaro ficou, Patrimônio geológico da
cidade Natal.”
(Referência: LEMOS, Carlos A. C. O que é
Patrimônio Histórico. São Paulo: Brasiliense, 2006. Projeto “AS ROCHAS CONTAM
SUA HISTÓRIA: PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO DA GEODIVERSIDADE NO CENTRO HISTÓRICO DE
NATAL”, coordenador Professor Marcos Nascimento)
Projeto Conhecer Para Preservar
Foto e texto: Professor Luciano
Capistrano.
Foto: Travessa Pax
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