De Costa e Silva: dores do AI 5!
Luciano
Capistrano
Professor
de História: Escola Estadual Myriam Coeli
Mestrando:
Profhistória/UFRN
Sangra
liberdades
Das
lembranças
Corpos
dilacerados
Democracia
amordaçada
De
Costa e Silva
Dores
do AI 5...
Um dia obscuro para a democracia
brasileira, assim, foi o 31 de março de 1964. Os militares golpistas,
associados aos setores da sociedade civil, articularam a derrubada do governo
de João Goulart. Os tanques nas ruas irromperam os muros legais das Forças
Armadas e rasgaram a Constituição, depuseram o Presidente Jango. Amanhã do
primeiro de abril, marcou o inicio de 21 anos de governos dos Generais
Presidentes.
Fez noite escura...
1964:
aconteceu em abril*
(Para
Mailde)
Abril
tempos de repensar
Falar
é necessário
Democracia
liberdades em risco.
Memórias
de uma legalidade interrompida
Dias
sombrios
Golpe,
não revolução!
21
anos de obscurantismo
Torturas
Prisões
Desaparecidos
políticos!
*Livro
de Mailde Pinto Galvão.
O golpe militar/civil – 1964, abriu
caminho para a implantação de uma ditadura sem pudor. O governo do General
Presidente Costa e Silva (1967-1969) foi o responsável pela decretação do Ato
Institucional 5, nas palavras de Elio Gaspari, o AI 5 foi a ditadura sem disfarce.
Naquele 13 de dezembro de 1968 fez noite escura no Brasil.
O
embaixador dos EUA no Brasil partícipe do movimento golpista, assim se referiu
ao AI 5 e suas consequências:
A edição do AI-5 pelo governo do general Costa e Silva (1967-1969), foi uma inequívoca vitória da “linha dura”. Vitória dos setores mais radicais do regime, militares e civis, que já vinham operando há algum tempo através de ameaças e atentados contra as oposições, especialmente contra parlamentares, jornalistas, artistas, religiosos “progressistas”, líderes estudantis e sindicalistas. Eram radicais de direita que, por outro lado, também já vinham sendo enfrentados pelos radicais da esquerda na forma de uma incipiente guerrilha urbana [...] O AI-5, porém, congelou as esperanças de um oposicionismo civilizado. Com o Congresso Nacional fechado, centenas de parlamentares, prefeitos, vereadores e juízes cassados, milhares de pessoas presas e a imprensa amordaçada, a noite desceu sobre o país. (TEXEIRA, Francisco M. P. História concisa do Brasil. São Paulo: Global Editora, 2000, p.304)
Ferida a democracia. Esse foi o AI-5.
Foto: acervo arquivo nacional. Na noite de 13 de dezembro, o conselho reuniu-se para votar o texto de quatro páginas, redigido por Gama e Silva, ministro da Justiça.
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