Praça André de Albuquerque, Praça Sete de Setembro e Praça Padre João Maria: Algumas considerações.

Praça André de Albuquerque, Praça Sete de Setembro e Praça Padre João Maria: Algumas considerações.

Luciano Capistrano Professor: Escola Estadual Myriam Coeli

Historiador: Semurb/Parque da Cidade

       Desde de 2010 que o Centro Histórico de Natal é reconhecido como Patrimônio Histórico Nacional, pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Os bairros de Cidade Alta, Ribeira e Rocas, tiveram áreas inseridas na normativa que institui o perímetro Tombado. Um passo importante no fortalecimento das políticas publicas de preservação dos Bens Tombados. Na época foi anunciado fontes de financiamentos para os proprietários das edificações inseridas no perímetro tombado.

         Em 2013 ventos bons sopram em favor do Patrimônio Histórico, Natal contemplada com o "Pac das Cidades Históricas, tem anunciadas investimentos na ordem de R$ 43.478.414,26. Os órgãos responsáveis por proteger os "lugares de memórias", estavam em festas, afinal, os projetos de revitalização foram aprovados e os recursos a muito esperado, estavam a bater as portas da cidade.

        O portal de noticias da prefeitura de Natal publicou a seguinte noticia: "Os projetos aprovados foram as restaurações do Forte dos Reis Magos, do Casarão do Arquivo Arquidiocesano, do antigo Grupo Escolar Augusto Severo, do prédio da Secretaria de Tributação do Município (Semut), do Armazém Real da Capitania (Antiga casa do padre João Maria) e do Palácio Felipe Camarão (sede da Prefeitura de Natal). Ainda estão contempladas no PAC Cidades Históricas a requalificação de dez praças do Centro Histórico e a restauração do Casarão da Escola de Danças do Teatro Alberto Maranhão. (http://portal.natal.rn.gov.br/noticia/ntc-16953.html Acessado em 04/04/2017 )".     

       Arquitetos, engenheiros, historiadores, enfim, técnicos das instituições envolvidas nas politicas preservacionistas, em um esforço intenso, conseguiram, elaborar os projetos necessário para a captação dos recursos disponíveis no Pac das Cidades Históricas, tudo conspirava para a revitalização ou como queiram a reurbanização das áreas históricas nos diversos projetos de intervenção urbana com a finalidade de ser preservado o Patrimônio Histórico/Cultural de Natal.

        Mas, nem tudo são flores, ainda estamos engatinhando na realização dos projetos, e, são vários os fatores inibidores da concretização dos "projetos da prancheta", para o mundo real da urbe. Aqui, meu amigo velho, abro um parêntese, me permita, para fazer uma referência a três Praças: A Praça André de Albuquerque, a Praça Sete de Setembro e a Praça Padre João Maria, contempladas pelo Pac das Cidades Históricas, e, por fazerem parte do imaginário do natalense, além de abrigarem em seus espaços e no entorno, um conjunto bem representativo de nosso patrimônio cultural, sofrem as intemperes do tempo e da ação de uma sociedade apática com a preservação da memória.

       Faço deste artigo, então, um chamamento aos setores sociais, para olharem estes espaços como lugares de nossas memórias, assim, ao passar por estas Praças, devemos ter consciência do valor histórico destes lugares de tão importantes elementos das transformações ocorridas no espaço urbano, testemunhando, deste modo, o desenvolvimento da urbe.

       Finalizo, convidando os gestores dos órgãos de cultura e turismos de Natal, a caminharem por entre os becos e as praças da Cidade Alta, e in loco, descobrirem o nosso Patrimônio Histórico, Natal é muito além de belas praias, Natal também tem um belo CENTRO HISTÓRICO, o que falta é uma ação efetiva de valorização dos vestígios do passado do hoje natalense. Este, Praça André de Albuquerque, Praça Sete de Setembro e Praça Padre João Maria: Algumas considerações, é minha contribuição ao diálogo pertinente, sobre a construção de politicas publicas no campo da preservação histórica.