“Do cimo da Torre da História, o alvissareiro anuncia a passagem, na linha do horizonte, dos velhos e passados navios que estão no fundo do mar. Sonhos, amores, lutas, ambições, delírios, mortes, tudo quanto surge na alma do Homem [...]”, gosto desse “alvissareiro da História” descrito por Luís da Câmara Cascudo. A urbe é o palco do desenrolar humano. Na Cidade Alta, no alto da Torre da Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, simbolicamente, o alvissareiro testemunha a história da cidade. Neste núcleo inicial da urbanização, entre outras edificações, encontramos o Memorial Câmara Cascudo, um prédio construído no final do século XVIII de estilo neoclássico. Abrigou a Tesouraria Real, Delegacia da Fazenda e Quartel General da 7ª Região Militar do Exército. Em 1987 a edificação ganha a função de Memorial Câmara Cascudo, uma justa homenagem ao ilustre natalense. Durante a Revolução de 1817 André de Albuquerque instalou em suas dependências o efêmero governo revolucionário. Nas paredes largas deste belo edifício existe a digital da memória das terras potiguares.
(Referência: CASCUDO, Luís da Câmara. História
da Cidade do Natal. Natal: EDUFRN, 2010; NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal
Monumental. Natal: IPHAN/RN, 2012)
Projeto Conhecer Para Preservar
(Foto e texto: Professor Luciano Capistrano)
Foto: Memorial Câmara Cascudo.
Bacana. Somente o resgate da memória pode revelar a importância histórica e os diversos significados que um espaço urbano possui. Parabéns pela dedicação e importância desse resgate!
ResponderExcluirObrigado amigo, estamos juntos nessa jornada
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