A rua da Conceição, localizada na Cidade
Alta, é uma das “guardiãs” de casarões de traços de uma cidade colonial. Seu
casario de meia parede, apresenta outra característica o espaço privado, da
casa, se insere no espaço público, da rua. O Museu Café Filho, conhecido como
Sobradinho ou Véu de Noiva, compõe com o antigo Armazém Real e o Instituto
Histórico, a paisagem da rua com a lateral da Pinacoteca do Estado, uma aula
sobre o passado de Natal a céu abeto. Construção do século XIX, o Museu abriga
em suas paredes vozes ecoadas ainda em uma cidade colonial, edificação
concluída em 1820 para ser residência. O Museu Café Filho é uma homenagem ao
natalense, nascido no bairro das Rocas, que chegou a Presidência da República,
depois do suicídio do Presidente Getúlio Vargas. Acredito que espaços como este
ganham importante função na promoção da Educação Patrimonial. Conforme o
Professor Almir Félix Batista de Oliveira: “Um outro ponto a se considerar em
relação à questão da construção/utilização do patrimônio histórico e que, com
certeza, perpassa o conceito de cidadania e o direito à memória e ao passado,
está na conotação e no valor pedagógico que o patrimônio pode exercer.” Enfim,
para além da preservação faz necessário ações de educação sobre os lugares de memórias.
(Referência: OLIVEIRA, Almir Félix Batista
de. Memória, História e Patrimônio Histórico. São Cristóvão: Editora UFS, 2010;
NESI, Jeanne Fonseca Leite. Natal Monumental. Natal: IPHAN/RN, 2012).
Projeto Conhecer Para Preservar
(Foto e texto: Professor Luciano
Capistrano).
Foto: Museu Café Filho
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