A Coluna dos Mártires
O espaço urbano é repleto de significados,
os monumentos erguidos nas Praças, Ruas e Becos da cidade são representações
das camadas de tempos feitores da urbe. Urbanistas, poetas, agentes públicos,
historiadores, cronistas, memorialistas, entre um número sem fim de andantes do
tempo presente e do passado vão deixando suas marcas delineando o traçado da
memória urbana. Eu costumo dizer em minhas caminhadas históricas, que a cidade
não é o espaço da neutralidade, diante de um monumento temos de questionar o porquê
de sua construção, o porquê de sua preservação.
A Carta de Veneza, da UNESCO, sobre a conservação e preservação do
patrimônio cultural no seu primeiro ponto diz: “O monumento é inseparável do meio
onde se encontra situado e, bem assim, da história da qual é testemunho.
Procura-se, então, relacionar o bem cultural (o monumento que, inclusive, pode
ser uma obra modesta) com o seu meio ambiente, com sua área envoltória, com o
seu contexto socioeconômico, recusando-se a encará-lo como trabalho isolado no
espaço.” A Coluna dos Mártires da Revolução de 1817, Frei Miguelinho e André de
Albuquerque, localizado na Cidade Alta, tem todo um significado para nossa
história, e, para além da memória do levante da colônia contra a metrópole
ibérica, temos na constituição deste monumento rochas retiradas de uma pedreira localizada no município de
Macaíba, trabalho em cantaria de granito chantado no centro da Praça André de
Alburquerque um dos homenageados com o monumento em rocha. Este Monumento foi
inaugurado durante as comemorações do centenário da Revolução de 1817, sendo
erguido na Praça no ano de 1917.
(Referência: LEMOS, Carlos A. C. O que é
Patrimônio Histórico. São Paulo: Brasiliense, 2006. Projeto “AS ROCHAS CONTAM
SUA HISTÓRIA: PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO DA GEODIVERSIDADE NO CENTRO HISTÓRICO DE
NATAL”, coordenador Professor Marcos Nascimento)
Projeto Conhecer Para Preservar
Foto e texto: Professor Luciano
Capistrano.
Foto: Coluna dos Mártires.
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